sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


Cientistas brasileiros exumam restos mortais de D. Pedro I e suas mulheres.
a primeira vez que o corpo do imperador do Brasil passou por análise. Arqueóloga disse que exames foram feitos em hospital paulistano em 2012.


Tomografia de D. Pedro I, após processo de "decapagem". (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)Tomografia dos restos de
D. Pedro I (Foto: Divulgação/
Valter Diogo Muniz)
Cientistas brasileiros exumaram pela primeira vez para pesquisa os restos mortais de Dom Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, além de suas duas mulheres, as imperatrizes Dona Leopoldina e Dona Amélia.
A exumação fez parte do trabalho de mestrado da arqueóloga e historiadora Valdirene do Carmo Ambiel, que defendeu nesta segunda-feira (18) sua dissertação no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com Valdirene, os exames foram realizados em 2012 – entre fevereiro e setembro. Ela afirma que obteve em 2010 autorização de descendentes da família real brasileira para exumar os restos mortais. No entanto, negociações para que isto ocorresse iniciaram anos antes. “De forma oficial, esse trabalho começou a acontecer em 2010, mas ele se iniciou mesmo há oito anos”, explicou Valdirene ao G1.

Os exames foram realizados no Hospital das Clínicas de São Paulo e contaram com a ajuda de especialistas da Faculdade de Medicina da USP.

Transporte feito de madrugada
Segundo informações do site do jornal "O Estado de S. Paulo", um esquema de segurança foi montado para transportar as urnas funerárias de madrugada desde a cripta imperial, no Parque da Independência, no bairro do Ipiranga, até o local dos exames, em Cerqueira César, onde, sob sigilo, os esqueletos foram submetidos a ultrassonografias e tomografias.
O site do jornal informa ainda que as análises revelaram que Dom Pedro I fraturou ao longo de sua vida quatro costelas do lado esquerdo, consequência de dois acidentes -- uma queda de cavalo e quebra de carruagem. Isso teria prejudicado um de seus pulmões e, consequentemente, agravado uma tuberculose que causou sua morte aos 36 anos, em 1834. Ele media entre 1,66 m e 1,73 m e foi enterrado com roupas de general.
Exumação de D. Pedro I (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)Exumação de D. Pedro I (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)
O "Estado" informa aponta que a exumação dos restos mortais de Dona Leopoldina contradiz a história de que a então imperatriz do Brasil teria fraturado o fêmur após Dom Pedro I tê-la empurrado de uma escada do palácio Quinta da Boa Vista, então residência da família real, localizada no Rio de Janeiro. No exame, não foram encontradas fraturas.
Restos de D. Leopoldina (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)Restos de D. Leopoldina (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)
Imperatriz mumificada
Dona Amelia surpreendeu por estar mumificada (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)Dona Amelia surpreendeu por estar mumificada (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)
No caso da segunda mulher do primeiro imperador do país, Dona Amélia, noticia o "Estado", os cientistas se surpreenderam ao ver que a imperatriz foi mumificada e tinha partes do seu corpo preservados, como cabelos, unhas e cílios. Um crucifixo de madeira e metal foi enterrado com ela.
Relevância
De acordo com Astolfo Gomes de Mello de Araújo, professor de Arqueologia do MAE/USP e um dos orientadores da tese de Valdirene, a exumação dos corpos de parte da família real brasileira é importante para entender melhor o período imperial que o país viveu, que, segundo ele, é tratado com relativamente pouca relevância.
“O Brasil, de uma maneira geral, tem uma memória histórica curta (...) O trabalho mostrou que havia ali dados importantes, além de derrubar a dúvida de que ali pudessem não estar enterrados os restos mortais”, disse Araújo, referindo-se ao Monumento da Independência, cripta imperial localizada em São Paulo, onde estão as urnas funerárias.
Detalhe das mãos de D. Amélia segurando um crucifixo (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)Detalhe das mãos de D. Amélia segurando um crucifixo (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)
Ele disse que medalhas e comendas que foram enterradas com Dom Pedro I foram recuperadas durante a análise das urnas funerárias. Segundo o professor, esses materiais passam por restauração e estão atualmente em posse do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura de São Paulo. “Esse material foi recolhido e deve ser exposto”, explica.
O orientador ressaltou ainda a importância da obtenção das autorizações para a exumação, tanto de integrantes da família real brasileira, quanto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“Que isto sirva de exemplo até para outros países, onde há cada vez mais tabu em relação ao estudo de restos humanos (...) As pessoas acham que os restos mortais não podem ser manipulados. Isso é um retrocesso total, porque ali há informações importantes. Os restos humanos são tratados com respeito”, disse.
Fonte: globo.com em 18/02/2013

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Sutiã medieval usado na Áustria pode indicar que peça precedeu espartilho Roupas íntimas guardadas desde o século XV foram achadas em castelo. Calcinha era amarrada na lateral, semelhante aos biquínis tipo 'cortininha'. 
Sutiã medieval  (Foto: University Innsbruck Archeological Institute/AP)
Sutiã medieval estava no subsolo de castelo austríaco (Foto: University Innsbruck Archeological Institute/AP)

O Instituto Arqueológico da Universidade de Innsbruck, na Áustria, divulgou nesta quarta-feira (18/07/12) a imagem de um sutiã e de uma calcinha da era medieval encontrados no subsolo do Castelo Lemberg, no estado austríaco do Tirol. A descoberta está sendo descrita por especialistas em história da moda como "revolucionária", pois indica que essas peças íntimas femininas são mais antigas que o esperado. O sutiã de linho, por exemplo, foi provavelmente usado 600 anos antes de ser substituído por espartilhos, peça adotada pelas mulheres durante séculos. Até então, pensava-se que o sutiã tinha cem anos de existência e havia sido uma forma mais natural para ocupar o lugar dos apertados corsetes. Já a calcinha medieval podia ser amarrada na lateral, algo semelhante aos biquínis tipo "cortininha" que circulam pelas praias brasileiras.


cALCINHA MEDIEVAL (Foto: University Innsbruck Archeological Institute/AP)

Calcinha era amarrada na lateral, como biquíni moderno (Foto: University Innsbruck Archeological Institute/AP) 


Segundo o jornal britânico Daily Mail, as calcinhas são usadas desde o século 18 e essas peças encontradas estariam guardadas em uma espécie de cofre desde o século XV, por volta de 1480, quando o castelo passou por uma reforma. Além das boas condições climáticas do país, o armazenamento permitiu que o tecido se conservasse por todo esse tempo. As peças estavam entre os quase 3 mil fragmentos de roupas e outros objetos achados no local.


Americano contrai versão de peste que dizimou Europa na Idade Média

Paul Gaylord pegou doença ao tirar rato da boca de seu gato, que morreu.
Soldador de 59 anos já perdeu a ponta dos dedos da mão e dedões do pé.

Peste negra (Foto: The Gaylord Family/AP)

Peste negra 2 (Foto: The Gaylord Family/AP)